Sem eficácia, Ivermectina vem sendo prescrito como prevenção ao coronavírus. (Foto: Reprodução/Vitamedic) |
A Merck, farmacêutica fabricante da Ivermectina, afirmou nesta quinta-feira (4) que o medicamento não tem eficácia no tratamento ou prevenção da COVID-19. Em comunicado, a farmacêutica diz que os estudos realizados por cientistas da empresa não apontaram até o momento a eficácia da Ivermectina como tratamento para a doença.
"Nenhuma base científica para um efeito terapêutico potencial contra COVID-19 de estudos pré-clínicos; Nenhuma evidência significativa para atividade clínica ou eficácia clínica em pacientes com doença COVID-19, e; A preocupante falta de dados de segurança na maioria dos estudos," diz o comunicado.
A farmacêutica alertou ainda, que “os dados disponíveis suportem a segurança e eficácia da Ivermectina além das doses e populações indicadas nas informações de prescrição aprovadas pela agência reguladora,” disse no comunicado.
A falácia da Ivermectina como medicamento preventivo contra a COVID-19 começou a ganhar força em Natal, capital do Rio Grande do Norte, quando passou a ser disseminado pelo prefeito Álvaro Dias (PSDB) e pelo casal, os deputados estadual e federal, Albert e Carla Dickson e ganhou o presidente Jair Bolsonaro, defensor de outros medicamentos sem eficácia comprovada como a Cloroquina.
Na capital potiguar, a Ivermectina passou a ser idolatrada e faz parte de um kit distribuído e propagado por médicos e políticos como tratamento precoce do coronavírus. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) responsável pela regulamentação e liberação de medicamentos e vacinas no país, condenou em duas ocasiões o uso precoce de medicamentos sem eficácia propagados desde o presidente da República, outros agentes públicos e mesmo médicos mais radicais ideologicamente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário