10 setembro 2020

Operação contra corrupção atinge o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella

Marcelo Crivella teve celular apreendido, após operação, prefeito foi ao encontro do presidente Jair Bolsonaro e do governador interino do Rio, Cláudio Castro. (Foto: Reprodução/Istoé)

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, foi alvo de operação contra corrupção deflagrada na manhã desta quinta-feira (10) pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). Foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão, sendo um deles contra o prefeito, que recentemente escapou de passar por um processo de impeachment na Câmara dos Vereadores, após um esquema de pagamento de servidores que impedem a imprensa e populares de falar sobre a deficiência da gestão da saúde na administração Crivella, esquema conhecido como 'Guardiões do Crivella', que passa por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).

Na operação de hoje, promotores e policiais realizaram buscas por documentos e provas na sede administrativa da prefeitura, no bairro Cidade Nova, Região Central da capital e no Palácio da Cidade, em Botafogo, na Zona Sul. O celular de Crivella foi apreendido durante o cumprimento do mandado no condomínio onde mora o prefeito.

Além do prefeito Marcelo Crivella, foram alvo da operação Eduardo Lopes, ex-senador e ex-secretário estadual de Agricultura, Mauro Macedo. ex-tesoureiro de campanha de Crivella, e o empresário Rafael Alves. 

Segundo o MP, a ação faz parte de um inquérito policial instaurado para investigar possível organização criminosa e esquema de corrupção no âmbito da administração municipal carioca, sendo desdobramento da primeira fase da Operação Hades, executada em 10 de março deste ano. 

As investigações apontam que Mauro Macedo pediu “apoio financeiro” de 2,5 milhões de reais para a campanha do então candidato Marcelo Crivella em 2016 por meio de caixa dois, segundo delação premiada do ex-presidente da Fetranspor (federação que representa as empresas de ônibus no estado), Lélis Teixeira à Lava Jato. Os acordos aconteciam desde a candidatura de Crivella ao Senado, em 2004, e em 2010, revelou Teixeira em seu depoimento.

Já o empresário Rafael Alves, foi apontado pelo doleiro Sérgio Mizhay, preso na Lava-Jato em 2018, como operador de um suposto esquema de propina na Prefeitura do Rio em troca da liberação de pagamentos a empresas credoras do município. O empresário era tido como homem de confiança de Crivella, e ajudou o então candidato a prefeito a conseguir doações em dinheiro para a campanha de 2016. Com a vitória nas urnas, Crivella nomeou Marcelo Alves para comandar a RioTur (Empresa Municipal de Turismo), Marcelo é irmão de Rafael Alves.

O prefeito Marcelo Crivella não se pronunciou sobre a operação. Crivella foi ao encontro do presidente Jair Bolsonaro e do governador interino Cláudio Castro, para participar de cerimônia de formatura do Curso Especial de Habilitação para Promoção a Sargento, na Marinha.

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