Aves Limícolas serão protegidas em área da RDS Ponta do Tubarão. (Foto: Divulgação | ASCOM | IDEMA) |
Em reunião realizada nesta quinta-feira (15), o diretor-geral do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente – Idema, Leon Aguiar, assinou uma carta em apoio ao Projeto Flyways – Aves Limícolas da Bacia Potiguar. O órgão ambiental é o responsável legal pela gestão da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Estadual Ponta do Tubarão, e o objetivo do ato foi inserir a referida Unidade de Conservação na Rede Hemisférica de Reservas para Aves Limícolas.
Estiveram presentes na reunião, além do diretor-geral do Idema, Leon Aguiar; o supervisor do Núcleo de Gestão de Unidades de Conservação (NUC), Ilton Soares; o gestor da RDS Ponta do Tubarão, Ramiro Camacho e o representante do SAVE Brasil, João Damasceno.
Passando a integrar o grupo de sítios dedicados à preservação de áreas úmidas e conservação das aves limícolas, o Idema, por meio da gestão da RDS Ponta do Tubarão se compromete a fazer a conservação de aves limícolas uma prioridade e se envolver em práticas de manejo que protejam, mantenham ou melhorem o habitat dessas aves e o uso contínuo do local pelas aves limícolas. Além disso, ser parceiro em ações, iniciativas e projetos que visem a conservação das espécies migrantes e seus habitats, e atualizar o Escritório Executivo do WHSRN sobre mudanças nos limites do local ou da paisagem, grau de proteção ou ponto de contato.
No Rio Grande do Norte, a área escolhida foi a região da Bacia Potiguar, também conhecida como Costa Branca. “Iniciaremos ações de engajamento da comunidade local e setores produtivos com o intuito de sensibilizá-los sobre as aves limícolas, e construir de forma participativa, acordos para o uso sustentável dos recursos locais e a conservação dessas aves. Devido a todo o trabalho desenvolvido ao longo dos anos, foi identificada e comprovada cientificamente a relevância do local estudado para as aves migratórias, ganhando um importante reconhecimento internacional”, disse o diretor do Idema, Leon Aguiar.
“Desde o início da nossa história, apoiamos o projeto Flyways Brasil, que busca assegurar a conservação das aves e seus habitats, contribuindo para a preservação das espécies em nível hemisférico. O projeto mapeia o movimento migratório das espécies que vêm do Hemisfério Norte, onde nascem e se reproduzem, e migram durante o inverno para descansar e se alimentar na Bacia Potiguar”, disse o gestor da RDS Ponta do Tuburão, Ramiro Camacho.
Aves limícolas
As aves limícolas são um grupo de espécies aquáticas que utilizam zonas entremarés e ambientes próximos a corpos d'água e alagados de pouca profundidade, ao longo da costa e também em águas interiores. O termo limícola está associado à palavra em latim limus, que significa limo, lodo ou lama, e para viver nesse tipo de ambiente essas aves possuem características especiais, como pernas e dedos longos que facilitam seu caminhar, e o bico com diversos tamanhos e adaptações para a alimentação nesse tipo de habitat.
Podemos dividir as aves limícolas em dois grupos: espécies residentes, aquelas que não realizam grandes migrações e se reproduzem aqui no Brasil, e as migratórias, aves que voam milhares de quilômetros, ao longo de suas vidas, entre suas áreas de reprodução e áreas de invernada, nos Hemisfério Norte e Sul.
Entre as aves limícolas, encontram-se os maçaricos, batuíras, quero-quero, piru-pirus, pernilongos e narcejas - Charadriiformes das famílias Charadriidae, Haematopodidae, Recurvirostridae, Burhinidae, Scolopacidae, Thinocoridae, Jacanidae, Rostratulidae, Glareolidae. Das 54 espécies que ocorrem no Brasil, 12 são residentes, 4 são migrantes do Cone Sul e 38 são migrantes do Hemisfério Norte.
*Por: ASCOM/IDEMA
Nenhum comentário:
Postar um comentário