Como esperado, Bolsonaro volta a atacar sistema eleitoral brasileiro após derrota do voto impresso na Câmara dos Deputados

Jair Bolsonaro volta a atacar sistema eleitoral brasileiro em menos de 24 horas da rejeição do voto impresso pela Câmara dos Deputados. (Foto: Reprodução/YouTube)

Em menos de 24 horas, após ser derrotado na Câmara dos Deputados, que rejeitou na noite de ontem (10) o plano de trazer para as eleições do país o voto impresso, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a atacar o sistema eleitoral brasileiro, apesar do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) garantir que Bolsonaro aceitaria o resultado da votação que enterrou a PEC do voto impresso.

Ao falar com apoiadores na manhã desta quarta-feira (11), Bolsonaro disse que 12 milhões de votos teriam sido desviados na eleição de 2018 por hackers. Porém, Bolsonaro repetiu ao menos quatro vezes em suas falas que ele não teria provas do que falava.

"A história que se aproxima da verdade - repito, não tenho provas. Esses hackers foram contratados por quem tinha interesse nas eleições e teriam que desviar 12 milhões de votos meus. Repito, não tenho provas. Teriam que desviar 12 milhões de votos meus. E os hackers fizeram seu trabalho. Só que quando as eleições acabaram, não foi suficiente para o outro lado ganhar. O lado que recebe dinheiro do narcotráfico, do Foro de São Paulo, de corrupção bilionária, de dinheiro de fora do Brasil", disse Bolsonaro, enquanto seu delírio era transmitido por um canal bolsonarista no YouTube.

A fala de Bolsonaro é relacionada à suposta invasão nos sistemas do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no mesmo ano, fato que já foi exaustivamente explicado pela Corte Eleitoral e que segue sob investigação da Polícia Federal. 

Bolsonaro fez da narrativa do voto impresso o combustível para atacar o sistema eleitoral brasileiro e minar a confiabilidade das instituições, que constantemente são atacadas pelo presidente, que a cada momento se esfarela e vê a sombra do ex-presidente Lula (PT) o encobrir, o petista é líder absoluto nas pesquisas de intenção de votos, enquanto Bolsonaro perde em todos os cenários possíveis.