Antes do seu afastamento da presidência da CBF, Rogério Caboclo prometeu ao presidente Jair Bolsonaro trocar o técnico Tite por Renato Gaúcho, que é bolsonarista declarado. (Foto: CBF) |
A Comissão de Ética da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), decidiu neste domingo (6) afastar pelos próximos 30 dias, o presidente da entidade máxima do futebol brasileiro, Rogério Caboclo. O afastamento provisório veio após uma funcionária da entidade protocolar denúncia de assédio sexual e moral contra o presidente e em meio a polêmica realização da Copa América no Brasil, após articulação da CBF com o presidente Jair Bolsonaro.
Durante o período de afastamento, Caboclo será substituído por Antônio Carlos Nunes, o vice mais velho da entidade. Uma reunião foi convocada com diretores e vice-presidentes para esta segunda-feira (7) no Rio de Janeiro.
Patrocinadores e dirigentes pressionavam Rogério Caboclo para o presidente pedir seu afastamento e assim poder se defender das acusações de assédio sexual e moral feitas pela funcionária da entidade, que atualmente está afastada do trabalho para cuidar de sua saúde.
Caboclo também vive uma queda de braços com jogadores e comissão técnica da Seleção Brasileira, que não gostaram da decisão da CBF de aceitar e articular junto ao Governo Federal a vinda da Copa América, torneio sem expressão e importância esportiva para o país em meio ao caos vivido pela população com o descontrole dos casos de coronavírus, que já matou quase 500 mil pessoas.
Uma decisão dos jogadores, bem como do técnico Tite e da comissão técnica será conhecida nesta terça-feira (8), após a Seleção enfrentar o Paraguai pelas Eliminatórias da Copa do Mundo da FIFA em 2022 no Qatar.
Com a possibilidade da não participação da Seleção, ou ao menos dessa formação que disputa as Eliminatórias, na Copa América, o presidente Bolsonaro teria pedido a cabeça do técnico Tite, o que segundo o jornalista André Rizek, do Grupo Globo, foi prontamente atendido por Caboclo. De acordo com Rizek, Tite será demitido e em seu lugar ficaria Renato Gaúcho, que é apoiador declarado de Bolsonaro e nome escolhido pelo presidente da República, a interferência política nas decisões internas da CBF é vedada pela FIFA, que pode excluir a Seleção Brasileira da Copa do Mundo.
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