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| Governo atua para reforçar verbas nas escolas e derrubar conteúdos ilegais na web. (Foto: Ricardo Stuckert | Presidência da República) |
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu nesta terça-feira (18), com chefes dos Três Poderes, governadores e ministros, para debater a onda de ataques em escolas e buscar, com o apoio e colaboração das plataformas digitais e das famílias a manutenção da paz nas instituições de ensino do país.
A reunião ocorreu no Palácio do Planalto, em Brasília, e acontece após os episódios de violência em Blumenau (SC) e em São Paulo (SP) registrados nos últimos dias e que abriu a discussão pela busca de formas de reforçar a segurança no ambiente escolar.
"A gente não vai resolver esse problema só com dinheiro, elevando muro da escola e colocando detector de metais. Eu fico imaginando as crianças sendo revistadas na porta das escolas, como seria patético para os pais, para o prefeito, para o governador, para o presidente da República e para as instituições desse país. Uma criança de 8 anos ter que mostrar a mochila", disse o presidente Lula.
O presidente criticou a postura das redes sociais, que se tornaram grandes empresas que ganham muito dinheiro promovendo a violência. "As chamadas plataformas, as chamadas grandes empresas que ganham dinheiro com a divulgação da violência, estão cada vez mais ricos. Alguns são os empregados mais ricos do planeta terra e continuam divulgando qualquer mentira. Não tem critério", desabafou.
Lula afirmou ainda, que os pais de crianças e adolescentes precisam ter a responsabilidade de ajudar as escolas para que a paz volte ao ambiente escolar, bem como a discussão sobre a diferença entre liberdade de expressão deve existir, caso contrário não iremos chegar muito longe contra a violência. "Ou nós temos coragem de discutir a diferença entre liberdade de expressão e cretinice, ou não vamos chegar muito à frente. Ou nós levamos em conta a necessidade de educar os pais... Porque a família tem que estar envolvida nesse processo, tem que ter responsabilidade e ajudar a escola", disse.
"Não vamos transformar as nossas escolas em uma prisão de segurança máxima, que não tem solução. Não tem dinheiro para isso, nem é politicamente correto, humanamente correto, socialmente correto. Se a gente tentar fazer isso, a gente está dando uma demonstração de que não servimos para muita coisa, porque nós não sabemos resolver o problema real", declarou o presidente.
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