Lula recebe seu diploma de presidente eleito das mãos do presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes em último ato da Justiça Eleitoral nas eleições de 2022. (Foto: Ricardo Stuckert) |
A Justiça Eleitoral encerrou nesta segunda-feira (12), o pleito eleitoral de 2022. Após a realização das eleições em 30 de outubro e a proclamação dos vencedores do pleito presidencial, aconteceu hoje na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB).
Em cerimonial que lotou o auditório do TSE, Lula e Alckmin foram diplomados pelo presidente da Corte Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes. Com a diplomação, Lula e Alckmin estão aptos a tomar posse no Congresso Nacional no próximo dia 1º de janeiro.
Entre os muitos convidados, os ex-presidentes José Sarney e Dilma Rousseff estavam na primeira fila. Após a diplomação, Lula se emocionou ao discursar e lembrar da sua trajetória política que o fez ser eleito para um terceiro mandato após 20 anos de sua primeira eleição em 2002. "Quero agradecer ao povo pela honra de presidir pela terceira vez o Brasil. Na minha primeira diplomação, em 2002, lembrei da ousadia do povo brasileiro em conceder para alguém tantas vezes questionado por não ter diploma universitário, o diploma de presidente da República", indo às lágrimas.
Lula pediu desculpas pela emoção e lembrou dos momentos difíceis que passou após ser preso na campanha de destruição promovido pela lava jato, encampados pelo ex-juiz e agora senador eleito Sergio Moro. "Quero pedir desculpas pela emoção. Quem passou o que eu passei nesses últimos anos, e estar aqui agora, é a certeza que Deus existe. Eu sei o quanto custou, não apenas a mim, mas ao povo brasileiro a espera para reconquistarmos a democracia," destacou.
O presidente eleito e agora diplomado, afirmou que ao lado do seu vice, fará todo o esforço necessário para cumprir suas promessas assumidas durante a campanha. "Farei todos os esforços para, junto com Geraldo Alckmin, cumprir o compromisso que assumi não apenas durante a campanha, mas ao longo da vida: fazer do Brasil um país mais desenvolvido e justo, com a garantia de dignidade e qualidade de vida, sobretudo aos mais necessitados," disse.
Lula não poupou a campanha desonesta feita pelo candidato à reeleição derrotado, Jair Bolsonaro (PL). "Tentaram comprar o voto dos eleitores, com falsas promessas e dinheiro farto, desviado do orçamento público. Intimidaram os mais vulneráveis com ameaças de suspensão de benefícios, e trabalhadores com o risco de demissão sumária, caso contrariassem interesses de empregadores. Quando se esperava um debate político democrático, a Nação foi envenenada com mentiras produzidas no submundo das redes sociais. Semearam a mentira e o ódio, e o país colheu uma violência política que só se viu nas páginas mais tristes da nossa história. Mas a democracia venceu," foi enfático.
A defesa das urnas e da democracia, também ganharam amplo destaque no discurso de Lula, que chegou a mencionar a democracia 19 vezes. "Democracia, por definição, é o governo do povo, por meio da eleição de seus representantes. Mas precisamos ir além dos dicionários. O povo quer participação ativa nas decisões de governo. Democracia é alimentação de qualidade, é ter emprego, saúde, educação, segurança e moradia," destacou.
Lula encerrou seu discurso afirmando o compromisso de construir um verdadeiro Estado Democrático e a garantia da normalidade institucional. "É com o compromisso de construir um verdadeiro Estado democrático, garantir a normalidade institucional e lutar contra injustiças que recebo pela terceira vez o diploma de presidente eleito do Brasil. Em nome da liberdade, da dignidade e da felicidade do povo. Muito obrigado," encerrou.
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