Bolsonaro se mostra incomodado e cobra mais radicalidade do ministro Marcelo Queiroga

Como não pode demitir o presidente da Anvisa, Bolsonaro cobra radicalidade de Marcelo Queiroga em defesa de medicamentos sem eficácia contra COVID. (Foto: Myke Sena/Ministério da Saúde)

Segundo informações publicadas no blog da jornalista Andréia Sadi, no G1, o presidente Jair Bolsonaro (PL) cobra mais radicalidade do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. A insatisfação vem por Bolsonaro não poder interferir na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o desejo do presidente era de tirar Antonio Barra Torres do comando do órgão que regula medicamentos e vacinas no país.

Como Barra Torres foi eleito para presidir a Anvisa, Bolsonaro cobra uma ação mais radical de Queiroga para se contrapor ao presidente da Anvisa. Bolsonaro, segundo Andréia Sadi, quer a defesa pública do seu ministro da Saúde ao 'tratamento precoce' contra a COVID-19, com a prescrição de medicamentos sem eficácia contra a doença, o que já foi revelado por estudos em todo o mundo.

Queiroga, que é médico, chegou a dizer na semana passada que era "melhor perder a vida do que a liberdade", ao anunciar medidas ineficazes para barrar a entrada de pessoas não vacinadas e vindas de outros países em solo brasileiro para barrar o avanço da variante Ômicron, foi um aceno ao presidente que é contrário, assim como em toda a pandemia, a seguir o que prega a ciência em todo o mundo para agradar o seu ego negacionista e de seus poucos seguidores mais ferrenhos.

Para agradar o meio científico, Queiroga evita defender o 'tratamento precoce', o que incomoda o presidente. Há um movimento, segundo a jornalista, dentro do governo pela troca do ministro, porém, isso só deverá acontecer em abril de 2022, quando Queiroga deve se desligar do cargo para concorrer uma vaga no pleito do ano que vem, ele sonha com uma cadeira na Câmara dos Deputados.