O julgamento sobre a suspeição do ex-juiz e ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Sergio Moro, na Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) foi novamente adiado, dessa vez, por pedido de vista (mais tempo para analisar o caso) feito pelo ministro Nunes Marques.
Nunes Marques, que chegou a votar pela continuidade do julgamento, após o ministro Edson Fachin, pedir o adiamento, o ministro indicado por Bolsonaro, pediu vista após Gilmar Mendes, proferir voto pela suspeição de Moro em ações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no âmbito da Lava Jato, na 13ª Vara da Justiça Federal em Curitiba.
Apesar do pedido de vistas, o ministro Ricardo Lewandowski pediu para anunciar seu voto, que seguiu o de Gilmar Mendes, pela suspeição de Moro e nulidade integral de todos os atos no caso do tríplex, desde o início das investigações, sem possibilidade de que sejam validados.
Com os votos de Gilmar e Lewandowski, o placar ficou empatado em 2 a 2, uma vez que Fachin e a ministra Cármen Lúcia, votaram contrários ao pedido de suspeição de Moro, em dezembro de 2018, porém, Cármen Lúcia anunciou antes do pedido de vistas que iria proferir seu voto, dando a entender que vai mudar o seu entendimento sobre o caso, há a expectativa de que a ministra vote pela suspeição, o que poderá dar vitória ao ex-presidente Lula, independente do voto de Nunes Marques.
A volta do julgamento não tem data para acontecer, só quando o ministro Nunes Marques decidir o seu voto e comunicar à presidência da Segunda Turma é que uma nova data será marcada.
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