Fatores legais e orçamentários foram apontados pelo Ministério da Cidadania como fator para o recuo, datas para o pagamento não foram divulgadas. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil) |
O Ministério da Cidadania divulgou uma nota nesta quarta-feira (22) na qual informou que o governo não poderá antecipar o pagamento da segunda parcela do auxílio emergencial de R$ 600.
O pagamento da segunda parcela estava previsto para começar no dia 27. Mas, na última segunda (20), a Caixa Econômica Federal organizou uma entrevista coletiva no Palácio do Planalto para anunciar a antecipação para esta quinta (23).
Segundo o Ministério da Cidadania, no entanto, como muitas pessoas sequer receberam a primeira parcela, seria necessária a abertura de crédito suplementar para garantir a antecipação da segunda parcela, além do pagamento da primeira.
"Por fatores legais e orçamentários, pelo alto número de requerentes que ainda estão em análise, estamos impedidos legalmente de fazer a antecipação da segunda parcela do auxílio-emergencial", informou o governo federal.
Na nota, o Ministério da Cidadania não informa a data do pagamento da segunda parcela.
De acordo com a pasta, foi pedido ao Ministério da Economia que faça a "previsão para uma suplementação orçamentaria o mais rápido possível".
Conforme a Caixa, 31,3 milhões de brasileiros já receberam a primeira parcela do auxílio, o que somou R$ 22 bilhões.
Base de dados
Na segunda-feira, quando anunciou a antecipação, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, disse que a medida seria possível porque a capacidade de pagamento supera o número de dados fornecidos pela Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev), responsável por checar as informações dadas pelos cidadãos.
Na nota desta quarta-feira, o Ministério da Cidadania informou que a Dataprev processou até agora 32 milhões de cadastros e que ainda estão em avaliação mais 7 milhões, o que só deve ser concluído na sexta-feira (24).
*Por: Filipe Matoso, G1 — Brasília
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