Maduro acusou Estados Unidos de ataque cibernético que gerou falta de energia em diversas regiões da Venezuela. (Foto: Manaure Quintero/Reuters) |
Nicolás Maduro usou as redes sociais para comentar as manifestações que aconteceram neste sábado (9) em Caracas, na Venezuela. Na ocasião, opositores e apoiadores do regime de Maduro foram às ruas para protestar, em meio ao agravamento da crise no país, que vive um problema de falta de energia em diversas regiões há dias.
"O povo revolucionário cheio de dignidade, nobreza e coragem encheu as ruas de Caracas para ratificar seu firme compromisso de lutar contra as agressões imperiais. Com amor e resistência, superaremos a interferência; Nosso único destino é a vitória. Aqui ninguém se rende", afirmou o presidente da Venezuela em sua página no Twitter.
Maduro ainda afirmou que ordenou "o início das ações necessárias para garantir a distribuição de produtos básicos através do #CLAP (Comitês Locais de Abastecimento e Produção), o fornecimento de água potável e os suprimentos necessários para a cidade e hospitais do país".
Em pronunciamento no sábado (9), Maduro atribuiu o blecaute a um ataque hacker. "Foi utilizada uma tecnologia de alto nível que só os Estados Unidos possuem", disse. Oposição e imprensa atribuem a queda de energia ao sucateamento da rede de energia elétrica do país.
Confrontos em protesto contra Maduro
Quando os manifestantes começaram a se reunir para começar a manifestação, a polícia impediu a concentração, alegando que as pessoas poderiam protestar apenas em outra zona da cidade de Caracas. A polícia chegou a utilizar bombas de gás lacrimogêneo contra os participantes do protesto.
Além disso, três pessoas que carregavam estruturas para erguer uma plataforma no local foram detidas pela polícia, de acordo com a agência de notícias EFE. A plataforma seria utilizada para discurso do líder de oposição Juan Guaidó.
Pacientes mortos
O apagão já provocou a morte de 17 pacientes com problemas renais por causa da paralisação de serviços de diálise, segundo a organização não-governamental Codevida. Falta energia elétrica em 95% das 139 unidades de tratamento no país.
Na sexta-feira, "48 crianças que dependem da única unidade de diálise pediátrica do país não puderam fazer o tratamento, o que se soma à falta de remédios e insumos, que se prolonga por anos", disse o diretor da ONG, Francisco Valencia.
*Por: G1
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