Antes de deixar a sede da PF, Temer foi flagrado sorrindo em elevador. (Foto: Ricardo Moraes/Reuters) |
O ex-presidente Michel Temer (MDB) já deixou a sede da Polícia Federal no Rio de Janeiro, onde estava preso desde a última quinta-feira (21), após decretação da prisão ter sido feita pelo juiz federal Marcelo Bretas, responsável pela Lava Jato no Rio.
Temer e outras sete pessoas presas na operação denominada de "Operação Descontaminação", foram agraciados por um habeas corpus assinado pelo desembargador Antonio Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região.
Temer foi levado para o Aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio, após a realização do exame de corpo de delito, o que aconteceu por volta das 18h40, na saída da superintendência da PF, manifestantes estavam no local e realizaram protestos contra o ex-presidente.
Além do ex-presidente, a decisão concedeu a libertação de Moreira Franco, ex-ministro e ex-governador do Rio de Janeiro; João Baptista Lima Filho, o Coronel Lima, apontado como operador financeiro do suposto esquema criminoso comandado por Temer; Maria Rita Fratezi (mulher de Coronel Lima, que segundo o MPF atuou em arrecadação de recursos e lavagem de dinheiro), Carlos Alberto Costa (sócio do coronel Lima na Argeplan), Carlos Alberto Costa Filho (diretor da Argeplan), Vanderlei Di Natale (suspeito de ter intercedido junto à Eletronuclear em favor do esquema) e Carlos Alberto Montenegro Gallo (também suspeito de interceder junto à Eletronuclear para a participação da Argeplan), que não tinha pedido de habeas corpus em seu nome.
Na decisão, Athié argumentou que todos os pedidos foram feitos até 17h de sexta-feira (22), mas que não houve tempo hábil de tomar uma decisão ainda na semana passada. "Não tinha, assim, a menor condição de, naquela tarde, decidir com segurança", escreveu. A previsão era de que os pedidos só seriam julgados na quarta-feira (27), mas o desembargador aproveitou o fim de semana para ler todos os documentos.
Enquanto a decisão favorável pela concessão dos habeas corpus era comemorada pelas defesas dos envolvidos, o Ministério Público Federal (MPF) afirmou que vai recorrer contra a decisão liminar do desembargador do TRF2.
O MPF afirmou ainda, que a decisão por conceder um HC deveria ocorrer pela 1ª Turma do Tribunal, por isso, o órgão vai recorrer da decisão de Athié.
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