Putin diz que não há nada de especial ou criminoso no caso de envenenamento do ex-espião russo Serguei Skripal. (Foto: Metropolitan Police via AP) |
A Rússia identificou as duas pessoas que o Reino Unido considera suspeitas no caso de envenenamento do ex-espião russo Serguei Skripal e de sua filha na Inglaterra, anunciou o presidente Vladimir Putin nesta quarta-feira (12) o Fórum Econômico Oriental.
Segundo o presidente russo, os dois suspeitos são civis e não agentes de serviço de Inteligência militar, como alegou Londres.
"Sabemos quem são, os encontramos. Mas esperamos que eles mesmos apareçam para dizer quem são", afirmou Putin no evento. "São civis, naturalmente. Asseguro que não há nada especial ou criminoso", completou.
O governo britânico afirma que o ataque foi executado por dois membros da espionagem militar russa, conhecida como GRU, e os identificou como Alexander Petrov e Ruslan Bochirov, que poderiam ser nomes falsos, de acordo com as autoridades, que emitiram ordens de prisão.
O Reino Unido acusa a Rússia de responsabilidade no ataque, que provocou uma grave crise diplomática entre o Kremlin e os países ocidentais.
Caso Skripal
Os Skripal foram encontrados inconscientes no banco de um parque da Salisbury, que fica a cerca de 140 km de Londres. Os dois ficaram internados em estado grave, mas sobreviveram. Yulia deixou o hospital em abril e Serguei, em maio. Um policial que os atendeu também foi internado e ainda se recupera afastado do serviço.
Serguei Skripal foi coronel do serviço secreto militar russo, mas acabou condenado por alta traição por vender informações ao Reino Unido. Em 2010 foi envolvido em uma troca de espiões e se mudou para a Inglaterra, onde recebeu refúgio.
As autoridades britânicas acusaram a Rússia do ataque porque o veneno Novichok, que foi utilizado no envenenamento, foi concebido pelo setor militar soviético há décadas. Moscou sempre negou as acusações.
O envenenamento provocou uma crise diplomática entre Rússia e Reino Unido, que depois se ampliou para outros países. Mais de 150 diplomatas russos foram expulsos de cerca de 30 de países.
Por: France Presse
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