30 outubro 2019

Bolsonaro acusa Wilson Witzel de envolver seu nome em assassinato de Marielle

Bolsonaro acusa o governador do Rio, Wilson Witzel, de tentar destruir sua imagem e de sua família. (Foto: Evaristo Sá/AFP)
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) voltou a atacar o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel nesta quarta-feira (30). Bolsonaro afirmou que Witzel ordenou a colocação de seu nome em inquérito que investiga o assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes.

Ao falar com jornalistas, Bolsonaro acusou o governador de querer destruir sua imagem e de sua família porque ele pensa em concorrer à Presidência da República em 2022. "No meu entender por ordem e determinação do senhor governador Witzel para tentar me prejudicar", disparou.

A metralhadora de acusações e ameaças do presidente Jair Bolsonaro, teve início na noite de ontem (29) logo após o "Jornal Nacional", TV Globo, ter exibido reportagem que mostrou com exclusividade o depoimento do porteiro que trabalhava no Condomínio Vivendas da Barra, o mesmo em que o presidente mora, e contou à polícia que, horas antes do assassinato de Marielle e Anderson, em 14 de março de 2018, Élcio de Queiroz, um dos suspeitos pelo assassinato, entrou no condomínio e disse que iria para a casa do então deputado Jair Bolsonaro. E que alguém na casa dele, a de número 58, liberou a entrada.

Na reportagem, foi revelado que o depoimento do porteiro apresentava uma contradição, uma vez que no dia e horário mencionados pelo ex-funcionário do condomínio, Jair Bolsonaro estava em Brasília, inclusive, a emissora exibiu os registros de presença de Bolsonaro no plenário da Câmara dos Deputados, além de vídeos postados por ele no mesmo dia.

O vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente na tentativa de contestar as informações fornecidas à policia pelo porteiro e o registro manual de entrada no condomínio, já analisado pelos investigadores e que a TV Globo teve acesso, com exclusividade, mostrou os registros do sistema que grava as ligações feitas da portaria para as casas do condomínio.

No áudio mostrado pelo vereador hoje, uma voz anuncia a chegada de Élcio para a casa 65, onde morava o outro acusado, Ronnie Lessa, ambos estão presos. O vereador disse que há algo de errado nas informações passadas para a Rede Globo.

Segundo a TV Globo, fontes ouvidas pela emissora afirmam que há divergências entre as entradas registradas no documento em papel com as exibidas no vídeo feito por Carlos Bolsonaro. São, por exemplo, entradas que aparecem em um registro e não aparecem em outro.

As gravações de áudio mostradas pelo filho do presidente já estão em poder da polícia, mas não foram periciadas porque os investigadores decidiram esperar por uma manifestação do Supremo Tribunal Federal (STF) em função da citação ao presidente da República, Jair Bolsonaro.

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