O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumiu nesta terça-feira (4), a presidência do Mercosul, grupo formado além do Brasil por Argentina, Paraguai e Uruguai. A presidência do bloco é rotativa e dura seis meses. A cúpula do bloco, aconteceu em Puerto Iguazú, na Argentina.
Ao receber a presidência das mãos do presidente da Argentina, Alberto Fernandez, Lula cobrou uma resposta contundente e rápida, às novas condições impostas pela União Europeia sobre o acordo comercial entre Mercosul e UE. "O Instrumento Adicional apresentado pela União Europeia em março deste ano é inaceitável. Parceiros estratégicos não negociam com base em desconfiança e ameaça de sanções. É imperativo que o Mercosul apresente uma resposta rápida e contundente", disse o presidente brasileiro.
Lula também falou sobre o uso de uma moeda comercial entre os países do bloco, o tema já é um consenso entre os membros do bloco, que defendem a ideia de abandonar o dólar, moeda norte-americana, em suas transações comerciais.
A entrada da Bolívia como membro permanente do Mercosul, também foi pauta da cúpula e o presidente Lula afirmou que vai cuidar da aprovação no Congresso Nacional brasileiro. Atualmente, a Bolívia participa do bloco como um Estado associado, ao lado da Colômbia e do Chile.
Apesar de evitar falar sobre a Venezuela, que está suspenso do Mercosul desde 2017, outros países do bloco acusaram o país comandado por Nicolás Maduro de ser uma ditadura após o mandatário ter cassado os direitos políticos de adversários que tentavam disputar as eleições no país no ano que vem. O presidente brasileiro tem defendido o retorno da Venezuela ao bloco e recentemente relativizou a democracia ao responder sobre Maduro, durante uma entrevista à uma rádio do Rio Grande do Sul, o que gerou forte repercussão negativa.
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