17 maio 2023

Por fraude eleitoral, Deltan Dallagnol tem mandato de deputado federal cassado pelo TSE por unanimidade

Deltan Dallagnol foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa após fraude eleitoral que lhe garantiu o mandato de deputado federal cassado pelo TSE. (Foto: Pablo Valadares | Câmara dos Deputados)

O ex-procurador da Lava Jato e deputado federal eleito pelo Paraná, Deltan Dallagnol (Podemos) teve o seu mandato cassado nesta terça-feira (16) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após ter pedido exoneração do Ministério Público enquanto respondia a procedimentos administrativos, fraudando as eleições.

O ex-procurador e agora deputado cassado, foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa e por unanimidade teve seu mandato cassado. Deltan ainda pode recorrer da decisão do TSE no Supremo Tribunal Federal (STF), mas dificilmente conseguirá reverter o resultado.

Em 2022, Dallagnol concorreu como deputado federal pelo Podemos e foi o mais votado do Paraná, recebendo mais de 340 mil votos. O ex-procurador lamentou em postagem no Twitter. "344.917 mil vozes paranaenses e de milhões de brasileiros foram caladas nesta noite com uma única canetada, ao arrepio da lei e da Justiça. Meu sentimento é de indignação com a vingança sem precedentes que está em curso no Brasil contra os agentes da lei que ousaram combater a corrupção. Mas nenhum obstáculo vai me impedir de continuar a lutar pelo meu propósito de vida de servir a Deus e ao povo brasileiro", disse.

Nesta quarta-feira (17), o ex-procurador e o Podemos já afirmaram que vão recorrer da decisão do TSE. O registro de deputado federal de Dallagnol foi questionado em ação apresentada pela Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV) e pelo PMN. As legendas questionaram o registro de Deltan para concorrer como deputado por dois motivos, veja abaixo:
  • Em razão de uma condenação do Tribunal de Contas da União (TCU) por gastos com diárias e passagens de outros procuradores da Lava Jato;
  • O ex-procurador teria pedido exoneração como procurador enquanto era alvo de 15 procedimentos administrativos, que poderiam resultar em aposentadoria compulsória ou demissão.
Segundo as legendas, Deltan tentou burlar a Lei de Inelegibilidade e a Lei da Ficha Limpa ao deixar o cargo antes do início dos procedimentos administrativos.

Após examinar o caso, os ministros do TSE entenderam que Dallagnol cometeu irregularidade ao pedir exoneração do cargo de procurador da República enquanto ainda respondia a procedimentos administrativos internos.

O entendimento do TSE, é de que a Lei da Ficha Limpa e a Lei da Inelegibilidade não permitem a candidatura política de quem deixa o Judiciário ou o Ministério Público para escapar de pena. Com a decisão, caberá ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) executar imediatamente a decisão, segundo o TSE.

Os votos recebidos por Dallagnol nas urnas foram mantidos para o Podemos, após a retotalização dos votos o TRE do Paraná definirá quem ficará com a cadeira do ex-procurador.

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