Na manhã desta terça-feira (10), a Marinha do Brasil em conjunto com as demais Forças Armadas (Exército e Aeronáutica) realizarão um desfile pela Esplanada dos Ministérios, em Brasília, com tanques de guerra e armas em punho.
O desfile é visto como um tipo de intimidação à Câmara dos Deputados, que deve votar no mesmo dia a PEC do voto impresso, sistema defendido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e seus apoiadores, após discursos e ataques do presidente contra o sistema de urnas eletrônicas, que vigora no país desde 1996 e é modelo internacional como um sistema ágil e sem fraudes.
Porém, desde que começou a perder força e se viu ameaçado pela liderança do ex-presidente Lula (PT) em diversas pesquisas de intenções de voto sobre o pleito de 2022, Bolsonaro incluiu em sua agenda diversos ataques contra o sistema eleitoral utilizado por ele para chegar ao poder, afirmando sem apresentar provas, que o pleito em que ele foi eleito presidente foi fraudado.
Bolsonaro, então passou a ameaçar as eleições de 2022, afirmando que não haveria o pleito caso o voto das urnas não sejam impressos. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) já desmentiu diversas falas do presidente sobre o sistema eleitoral das urnas eletrônicas, mesmo assim, Bolsonaro insiste em atacar as instituições, inclusive com ataques direto ao presidente do TSE, o ministro Luís Roberto Barroso.
A PEC do voto impresso, não passou na Comissão Especial da Câmara dos Deputados na última semana, mesmo reprovado, o presidente Arthur Lira (PP-AL), decidiu levar a questão para votação em plenário, o que está previsto para esta terça-feira, mesmo dia escolhido pelas Forças Armadas para o desfile.
Em nota divulgada pela Marinha, o desfile seria uma iniciativa que integra a Operação Formosa, um treinamento militar ocorrido pela primeira vez em 1988 e que perdura até os dias atuais.
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