500 voluntários já se inscreveram para participar dos estudos que devem acontecer entre abril e maio. (Foto: Freepik/Reprodução) |
Adolescentes e crianças com idades entre 6 e 17 anos, já podem se cadastrar como voluntários em fase de testes de vacinas contra a COVID-19, em Natal. Os estudos estão sob responsabilidade do Centro de Pesquisas Clínicas de Natal (CePCLIN), e foi o mesmo que realizou testes da vacina de Oxford em cerca de 1.500 voluntários adultos, na capital potiguar, em setembro do ano passado.
O CePCLIN é dirigido pelos médicos Kleber Luz e Eveline Pipolo, ambos professores do Departamento de Infectologia da UFRN. Segundo informações dos pesquisadores, a fase de testes em crianças e adolescentes devem acontecer entre abril e maio.
Para se cadastrar, os menores de idade precisam da autorização dos seus responsáveis, pai ou mãe, que precisarão assinar um termo de consentimento para aplicação da vacina no filho. O cadastro é realizado através do site do centro.
O CePCLIN já possui parceria fechada para desenvolver os testes da vacina Jamssen, desenvolvida pela farmacêutica Johnson & Johnson, além de manter tratativas para realização de testes em voluntários da vacina Pfizer/BioNTech, imunizante que recebeu esta semana a autorização definitiva da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), mas que ainda não é produzida e nem utilizada no Brasil.
Sobre os testes em adolescentes e crianças, em contato com o nosso blog, a médica Eveline Pipolo, afirmou que há 500 inscritos até o momento, mas que o número exato dos que vão participar dessa fase de testes será definido pelos patrocinadores, no caso, às farmacêuticas responsáveis pelos imunizantes.
Como funciona os testes em voluntários
Os testes seguirão a mesma temática das fases realizadas em adultos. Os voluntários serão divididos em dois grupos, um grupo será imunizado com as doses das vacinas e o outro receberá uma injeção de placebo, neste caso o placebo recebido pelo grupo será uma dose de um imunizante contra a meningite.
A escolha de quem será imunizado com a vacina para COVID-19 ou de meningite, acontecerá de forma randômica. Todos os voluntários serão acompanhados com frequência pelas equipes que participam dos estudos, esse acompanhamento é de um ano.
Com o fim dos estudos, os voluntários serão comunicados de quem recebeu o imunizante contra a COVID-19, e nesse caso, estará imune ao coronavírus, e quem recebeu apenas o placebo, neste caso o voluntário receberá as doses da vacina que participou dos estudos.
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