Após uma longa briga ideológica para desacreditar o imunizante da China, governo Bolsonaro anuncia a compra da CoronaVac. (Foto: Divulgação/Instituto Butantan) |
O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (16), após o lançamento do Plano Nacional de Vacinação contra a COVID-19, que enviará ao Instituto Butantan minuta irrevogável de intenção de compra de todas as doses fabricadas pelo Instituto da CoronaVac, imunizante desenvolvido em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.
O ministro Eduardo Pazuello fez contato por telefone com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), para informar a intensão de compra da CoronaVac e de colocar a vacina no plano nacional. Eduardo Cascavel, assessor especial de Pazuello, chegou a se encontrar com o diretor do Butantan, Dimas Covas, na segunda-feira (14), como revelou o blog do jornalista Gerson Camarotti, no G1.
Uma verdadeira guerra política entre o presidente Jair Bolsonaro e o governador Doria, girou em torno da CoronaVac, que encontrou resistência em torno do preconceito e ideologias de Bolsonaro, que não queria de forma alguma a inclusão do imunizante, com declarações que muitas vezes atiçou seu eleitorado mais fiel com inúmeras postagens com mentiras sobre a vacina da Sinovac/Butantan.
Pazuello chegou a anunciar que o Ministério da Saúde iria comprar a CoronaVac em outubro, mas no dia seguinte o ministro foi desautorizado pelo presidente Bolsonaro. Na ocasião, Bolsonaro chegou a dizer que "ninguém tinha interesse na vacina".
O Instituto Butantan busca pela aprovação definitiva da CoronaVac pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), no próximo dia 23, os estudos com os resultados finais da fase 3 de testes com voluntários brasileiros, serão enviados pelo Butantan para análise da Anvisa.
Com a intensão do Ministério da Saúde, todas as doses de vacinas contra a COVID-19 produzidas no Brasil, serão adquiridas para o Plano Nacional de Vacinação, que deve ter início em fevereiro, sem uma data oficial anunciada. O Butantan aguarda o envio do documento que mostra a intensão de compra do Governo Federal e já trabalha para a entrega de 20 milhões de doses até o dia 31 de janeiro de 2021, outras 26 milhões de doses devem ser entregues até o final de março.
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