03 abril 2020

Em seu terceiro mandato como vereadora, Júlia Arruda anuncia desfiliação do PDT após manobra da legenda para barrar sua reeleição

Júlia Arruda expõe ameaças que recebeu de emissários enviados pelo comando local do PDT e do "chapão". (Foto: Reprodução/Instagram/@vereadorajuliaarruda)
A vereadora de Natal, Júlia Arruda, anunciou através de um comunicado nas suas redes sociais a sua saída do Partido Democrático Trabalhista (PDT), comandado no Estado pelo ex-prefeito Carlos Eduardo Alves.

Júlia que está em seu terceiro mandato, sempre com votação expressiva, sendo a primeira mulher reeleita na Câmara Municipal de Natal, expôs uma manobra interna do partido para tentar barrar sua busca pelo quarto mandato, em favor de um grupo de vereadores que acaba de desembarcar na legenda e que juntos nunca tiveram a votação que a mesma.

Com a chegada do "chapão", Júlia Arruda foi "convidada" a pedir sua desfiliação, uma das condições impostas pelo "chapão". A vereadora revelou ter recebido ameaças mascaradas em forma de recado por emissários enviados pela cúpula local da legenda. "O mesmo PDT se utiliza de manobra rasteira, antiética e extremamente desrespeitosa, enviando emissários com ameaças mascaradas em forma de recado", disse em seu comunicado.

Júlia Arruda denunciou ainda, que por não ter respaldo legal para pedir a sua expulsão, o plano era negar a legenda na próxima convenção partidária, deixando-a assim, sem condições para disputar um quarto mandato.

A vereadora classificou a rasteira partidária como uma ameaça sórdida, confirmando ainda o envio de um segundo emissário do "chapão". Júlia disse ainda ter chegado a duas conclusões sobre o episódio, o primeiro que o constrangimento não é dela e de que o PDT não a representa.

Veja abaixo o comunicado na íntegra:



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A política não é uma ciência exata e, nem sempre, justa. Encerro hoje meu ciclo no Partido Democrático Trabalhista (PDT), legenda pela qual fui eleita em 2016 para exercer o terceiro mandato como vereadora de Natal. À época, um partido que me acolheu e que abraçou o nosso projeto político, pautado desde sempre pela coerência, ética e independência, alinhado sobretudo aos direitos e interesses da população natalense. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Pois bem, quatro anos depois, às vésperas de se encerrar o prazo da janela partidária - período legal em que acontecem as definições partidárias para disputa eleitoral no próximo pleito - e com o intuito de acomodar um grupo de vereadores que agora está desembarcando na legenda, o mesmo PDT se utiliza de manobra rasteira, antiética e extremamente desrespeitosa, enviando emissários com ameaças mascaradas em forma de recado. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Traduzindo: um “convite” à minha desfiliação, uma vez que minha saída do PDT era uma das condições negociadas entre a direção local do partido e o grupo de vereadores do chamado “chapão”. Grupo este que, ao contrário do aumentativo da alcunha, demonstra com essa condicionante a pequenez daqueles que se acovardam diante de desafios. Seria justificável tamanho receio em enfrentar uma mulher com votação superior a todos eles nas últimas eleições? ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Cientes da falta de qualquer respaldo legal que justificasse minha expulsão, a estratégia formulada consistia em, na próxima convenção partidária, negar a mim a legenda, e assim meu direito a disputar as eleições nesse ano. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Ameaça sórdida, desavergonhadamente confirmada por um segundo emissário do “chapão”, e que só justifica o descrédito da classe política perante a opinião pública. Afinal, são artimanhas desse tipo que insistem em transformar a política partidária em um território obscuro e vergonhoso. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Diante disso, chego a duas conclusões: a de que esse constrangimento não é meu, e de que esse PDT não me representa. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ [continua nos comentários]
Uma publicação compartilhada por Júlia Arruda (@vereadorajuliaarruda) em

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