13 abril 2018

Comissão do Hospital Municipal de Natal já viabilizou realização de 48 transplantes

48 transplantes já foram viabilizados através do Hospital Municipal de Natal. (Foto: Divulgação/Secom)
A doação de órgãos é um grande ato de solidariedade. Mesmo com o crescimento no número de doadores, a fila de espera por um transplante no Brasil ainda supera a marca de 30 mil pessoas. Apesar da sua importância, o assunto ainda é tabu para boa parte da população, que muitas vezes desconhece o funcionamento do procedimento.  

Em dezembro de 2016, foi instituída a portaria que cria a Comissão Intrahospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT) do Hospital Municipal de Natal Dr. Newton Azevedo (HMN), composta por especialistas na área de transplantes. “O objetivo da comissão é organizar o processo de doação e transplante no hospital e nas UPAs de Natal” declarou Marcelo Bessa. Até agora, já foram realizados um total de 48 transplantes, sendo 32 de córneas, oito de rins, quatro de fígado e quatro de válvulas cardíacas. 

Apesar de ter sido formada no Hospital Municipal, a CIHDOTT atua como uma comissão municipal, realizando o seu trabalho também nas Unidades de Pronto Atendimento. Ela realiza o diálogo com a Organização de Procura de Órgãos e Tecidos (OPO), órgão supra hospitalar que trabalha coordenando os processos de captação e transplante em todo o estado.  

O processo do transplante começa muito antes da sua realização em si. O primeiro, e não menos importante, passo é a identificação de possíveis doadores. A CIHDOTT é a responsável por esta busca ativa, que procura reconhecer pacientes com morte encefálica ou pós parada cardíaca, possíveis doadores de órgãos e tecidos.  

Após esta identificação, é necessário comprovar a morte encefálica. Se comprovada a morte encefálica, ou também no caso de parada cardíaca, chega o momento de falar com os familiares. No Brasil, por lei, quem autoriza a doação pós morte é a família da pessoa. O trabalho da CIHDOTT continua. A conversa pode durar 20, 30, 40 minutos. Por vezes, mais de uma hora e meia.  

Processos de transplante são uma eterna luta contra o tempo, mas não se pode ignorar o luto da família. Com o auxílio dos profissionais de serviço social, a equipe da comissão realiza essa conversa com a família, explanando os detalhes e tirando qualquer dúvida. O objetivo é conseguir a autorização da família.  

Atualmente, o RN ainda conta com uma fila de 175 pessoas para transplante de córnea e 196 transplantes de rim. Por isso, uma das principais perspectivas da CIHDOTT é promover um trabalho de educação sobre o tema, desmistificando a doação de órgãos e fazendo com que cada vez mais as pessoas entendam a importância deste trabalho.



*Por: Secom

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