Rogério Marinho é acusado de cometer crimes eleitorais durante campanha para prefeito de Natal em 2012. (Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados) |
O deputado federal Rogério Marinho (PSDB) será investigado pelo Ministério Público Federal (MPF), após o ministro Gilmar Mendes do Supremo Tribunal Federal (STF) autorizar a investigação, uma vez que Rogério detém o poder do foro privilegiado.
O MPF acusa o deputado por crimes de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica eleitoral e corrupção passiva supostamente cometidos durante a campanha para a Prefeitura do Natal em 2012. Os indícios de crimes foram levantados pela Polícia Federal durante a "Operação Manus", ocorrida em junho do ano passado e que culminou na prisão do ex-deputado federal Henrique Eduardo Alves (MDB).
Documentos apreendidos em uma produtora de vídeos contra Henrique Alves, revelaram também o envolvimento de Rogério nos crimes já apontados pela PF. De acordo com os documentos, Rogério Marinho fez “caixa 2” durante a campanha sua campanha à prefeito de Natal.
Na apuração da PF, Rogério Marinho declarou à Justiça Eleitoral que pagou R$ 499 mil à empresa A V Varela Souza ME para prestação de serviços de comunicação na época da campanha, porém, planilhas encontradas pelos investigadores o valor real acordado para o fechamento do contrato foi de R$ 1,9 milhão.
Três arquivos eletrônicos foram localizados pelos policiais federais e apontam os gastos supostamente irregulares na campanha de Rogério Marinho no pleito de 2012. As planilhas indicam os valores combinados, o que foi pago e o que resta pagar. Os pagamentos seriam feitos através de cheques e também em espécie.
“Desta forma, se há indícios de que foram pagos à A V Varela Souza ME o montante de R$ 1.900.000,00 e só foi declarado o valor de R$ 499.000,00, há um passivo não informado ao órgão eleitoral de R$ 1.401.000,00”, declarou o MPF em sua petição encaminhada a Gilmar Mendes, que é relator do processo.
Rogério Marinho limitou-se a informar através de sua assessoria de imprensa, que o mesmo não possui dívidas de campanhas como é apontado no referido inquérito.
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