07 setembro 2018

Agressor de Bolsonaro é indiciado pela PF por 'atentado pessoal por inconformismo político'

Adélio Bispo de Oliveira foi preso em flagrante logo após esfaquear Jair Bolsonaro. (Foto: Divulgação/PM)
A Polícia Federal (PF) indiciou o agressor do candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, pelo crime de "atentado pessoal por inconformismo político" com base no artigo 20 da Lei de Segurança Nacional.

Por essa acusação, Adélio Bispo de Oliveira, 40 anos, pode ser condenado a uma pena de 3 a 10 anos de prisão. A legislação prevê ainda que se a agressão resultar em lesão corporal grave, a pena pode ser até mesmo dobrada.

A PF pode indiciá-lo no início da investigação porque ele foi preso em flagrante, o que permitiu o indiciamento imediato.

O atentado contra Bolsonaro ocorreu na tarde desta quinta-feira (6) durante uma caminhada que ele realizava com simpatizantes de sua campanha em uma das ruas do centro de Juiz de Fora, na zona da mata de Minas Gerais. O presidenciável levou uma facada na região abdominal enquanto era carregado nos ombros por um apoiador.

O suspeito do atentado foi preso pela Polícia Militar de Minas Gerais após a ataque. A Polícia Federal abriu inquérito no mesmo dia para investigar o caso. Oliveira disse que atentado contra Bolsonaro foi "a mando de Deus", segundo boletim de ocorrência registrado pela Polícia Civil mineira.

Após ser submetido a uma cirurgia na Santa Casa de Juiz de Fora nesta quinta, Jair Bolsonaro foi transferido na manhã desta sexta (7) de avião para São Paulo e foi levado diretamente para o Hospital Albert Einstein, na Zona Sul da capital paulista.

Lobo solitário

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou na manhã desta sexta-feira que a Polícia Federal trabalha com a hipótese de que o agressor agiu sozinho, como "lobo solitário". Jungmann deu a declaração após participar da parada de 7 de setembro na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

"O que se trabalha basicamente é com um ato isolado, o que se pode chamar de lobo solitário", afirmou.

O ministro disse, ainda, que a PF está trabalhando com o setor de inteligência para reconstituição dos passos do agressor e toda a rede de relacionamentos dele.

Segurança dos presidenciáveis

Cada candidato a presidente da República tem direito a uma equipe de segurança de 21 policiais federais especializados em dar proteção a autoridades.

O ministro da Segurança Pública reclamou que muitas vezes os candidatos não seguem o protocolo de segurança indicado pela PF e que espera que o atentado contra Bolsonaro chame a atenção dos candidatos para os protocolos de segurança.

“Candidato procura ter contato. Quem lida com segurança sabe que isso faz parte do jogo. O problema é quando você vai para um nível de risco reiterado sobre a qual a segurança diz: 'não dá para fazer a segurança nessas condições'. Isso foi chamada a atenção dele e outros candidatos também e o que se espera é que a partir de agora eles venham a cumprir o protocolo e ajudar a Polícia Federal a cumprir com a sua responsabilidade, que é fazer a segurança dos candidatos”, declarou Jungmann.

O ministro afirmou que fará uma reunião neste sábado (8) com os coordenadores de campanha dos candidatos e em seguida com os candidatos para falar sobre segurança.

Cinco presidenciáveis solicitaram segurança da PF durante a campanha: Jair Bolsonaro, Geraldo Alckmin (PSDB), Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede) e Alvaro Dias (Podemos).

Segundo Jungmann, Bolsonaro tem a maior das equipes de segurança entre os presidenciáveis. São 21 policiais federais, sendo que 13 deles estavam acompanhando o candidato durante o ataque.

De acordo com o ministro, outros 50 policiais militares reforçavam a segurança do presidenciável em Juiz de Fora.

"Quero deixar bem claro, durante as olimpiadas o presidente da Fraça que aqui esteve, que era considerado de alto risco, teve 9 policias federais que fizeram a sua segurança", afirmou Jungmann.




*Por: Camila Bomfim, TV Globo, Brasília

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